Sempre ocorreram fatos difamatórios de racismo religioso em nosso município. O que mudou de algum tempo para cá é que os praticantes de religiões afrobrasileiras como Cultos de Nação, Quimbanda e Umbanda, é que não se aceitarão mais afrontas.
Na noite desta quarta-feira (02/03), início da quaresma, praticantes destes cultos tem por liturgia a "liberação" de seus Santos para a Guerra espiritual travada neste período até a Páscoa. Entende -se que os Orixás estão guerreando para manter o bem neste período até a Páscoa.
Em um dos momentos são despachados os "ecós" e quando era feito o derramamento de água (sim somente água) no Cruzeiro (na esquina) de uma Rua na Vila Isabel foram feitas ameaças a duas praticantes: A Yalorixa Natalaia D'Oyá e sua filha de Santo Andressa. Enquanto deixavam a água correr em via pública ouviram que "Se não saíssem dali iriam levar um tiro". Preocupadas e temerosas com a situação acionaram a Brigada Militar (BM). Tudo porque uma pessoa estaria incomodada com a prática na esquina. Segundo Natália não é a primeira vez que as ameaças aconteceram. Segundo parentes da pessoa que teria ameaçado, ela não gosta do fato de ficarem alguns alimentos como batatas e pipocas no local e até onde sabem a pessoa não teria armas. A Yalorixá rebate os argumentos dizendo que tem a liberdade da prática que é feita na rua que é pública, nada na calçada ou propriedade privada e independente de ter ou não armas a ameaça foi muito clara.
"A Quarta-feira de cinzas, para os seguidores de Nação/Batuque é um dia sagrado, dado o início da quaresma católica, onde soltamos os Orixás para a Guerra contra o mal. O ato de soltar os santos nada mais é que retirar parte da água armazenada em suas quartinhas e despachar, uma parte dessa água vai para o Cruzeiro consagrado pelo Babalorixá/Yalorixá da casa para servir e cultuar o Orixá Bará", esclarece a Yalorixá Natália.
A Brigada Militar esteve no local, rapidamente após ser acionada, e fez o registro da ocorrência. Os policiais chegaram a questionar a possibilidade de fazer as práticas em outro local. Porém este é um dos problemas dos casos de Intolerância. Se for mudando de local a cada pessoa que achar ruim não haverá espaço algum. E fica escondido a margem social como se fosse algo errado não cabe mais.
À Yalorixá Natália D'Oyá destaca que já sofreu outras ameaças em Canguçu e diz que não ficará mais calada.
Na imagem a água largada na esquina que gerou a ameaça.
DELEGACIA CONTRA INTOLERÂNCIA
A importância de uma delegacia contra intoletancia na região também se mostra necessária. A iniciativa do Conselho Municipal do Povo de Terreiro de Pelotas, e com apoio da AZONASUL, é reforçado a cada caso como este de hoje.
Durante o registro os próprios policiais estavam confusos em como enquadrar o fato se como intolerancia, injúria ou ameaça. O fato foi sim intolerância religiosa dado que tenta desmerecer e ameaçar praticantes de determinado culto que é amparado constitucionalmente. "A gente foi ameaçada de morte por motivos religiosos", destaca Natália.
2 comentários:
Procure na bíblia sagrada que é a palavra de Deus e verá um alerta de Jesus Cristo sobre falsas religiões e tire suas conclusões
Procure na bíblia sagrada a parque que Jesus diz amar ao próximo como a ti mesmo e tire tuas conclusões.
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