Pelo terceiro ano consecutivo, os agricultores familiares gaúchos vêm sofrendo com as consequências das estiagens. Neste ano, já existe comprometimento parcial ou total de algumas lavouras. A realidade é preocupante e poderá se agravar ainda mais diante de que as previsões climáticas apontam para um período de pouca chuva para os próximos meses.
O cenário desta nova estiagem, atrelada à soma das perdas dos anos anteriores, os efeitos da pandemia e o aumento exorbitante nos custos de produção, aumenta a preocupação dos agricultores, que passam a sofrer com o endividamento e as dificuldades de garantir a sobrevivência da família no meio rural.
Preocupadas, o conjunto de entidades do campo, representadas FETRAF-RS, UNICAFES, MST e CONSEA, protocolou, junto à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, um novo documento solicitando com urgência uma nova audiência com a secretária Silvana Covatti para tratar do assunto. A audiência tem como objetivo debater a situação e buscar saídas para as consequências das estiagens no Estado.
Também buscam retomar as tratativas de renegociação dos fundos do FEAPER e do FUNTERRA, bem como contestar o cancelamento dos projetos relacionados ao Programa Camponês, que aconteceu no final de novembro, impossibilitando a liberação de cerca de R$ 20 milhões já disponíveis no BNDES aos agricultores familiares. Outra finalidade é discutir as compras institucionais da agricultura familiar (PAA e PNAE), que estão aquém das necessidades e que poderiam estar garantindo a comercialização de alimentos da agricultura familiar.
Fonte: CUT-RS e FETRAF-RS
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